Ativista investigado por oferecer sexo oral a menino diz ter feito 'piadinha' em banheiro: 'não sou um jack'

  • 11/06/2024
(Foto: Reprodução)
Homem de 24 anos é investigado por tentativa de estupro de vulnerável contra um adolescente, de 13, no banheiro de um shopping em Santos (SP). Ativista alega não ser um 'jack', termo usado para citar um estuprador, e sofrer ameaças após a repercussão do caso. Homem é investigado por tentativa de estupro de vulnerável em Santos (SP) Arquivo pessoal O ativista da causa LGBT+ investigado por tentativa de estupro de vulnerável, por oferecer sexo oral para um adolescente de 13 anos no banheiro de um shopping em Santos (SP), nega ter assediado ou tocado o menino. O homem alega ter feito uma “piadinha desnecessária” dentro de uma cabine, sem saber quem estava ao lado. "Não sou 'jack' [termo usado para citar um estuprador]", afirmou ele. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. O caso veio à tona após a mãe do adolescente, Talita Santos, de 31 anos, registrar um boletim de ocorrência contra o ativista. O menino contou à mulher ter sido abordado no banheiro de um shopping no bairro Gonzaga. O homem, de 24 anos, é suspeito de perguntar ao adolescente se poderia fazer um 'bo***' [sexo oral], mas já afirmou publicamente que a história "não é o que estão dizendo". Por meio das redes sociais, o ativista declarou que "jamais tocaria ou assediaria" uma pessoa, seja adolescente ou maior de idade, além de ressaltar que sente "nojo" de quem comete o crime. Em nota, o homem afirmou que foi ao banheiro do shopping por conta de um "revertério" causado por "substâncias químicas" - não especificadas - que usava a dois dias. "Não tô citando meu problema químico para justificar absolutamente nada no sentido de tirar minha responsabilidade!", afirmou ele. "Porém, a 'piadinha' desnecessária que fiz depois de ouvir um barulho forte de porta, jamais teria sido feita em situações comuns". Anteriormente, ele afirmou ter entrado em uma cabine e batido a porta bateu com força. O próprio adolescente reagiu dizendo: 'eita', momento em que o homem, dentro de outra cabine, repetiu a palavra. Então, fez a pergunta de cunho sexual. Veja, abaixo, a nota completa divulgada pelo ativista investigado: Ativista investigado divulga nota de esclarecimento sobre o caso Reprodução Militante LGBT+ Segundo divulgou nas redes sociais, o investigado começou a militar pelas causas sociais em 2017 em uma escola estadual da cidade. Ele presidiu o grêmio estudantil por dois anos e chegou a ser eleito para a presidência e vice-presidência de movimentos LGBT+. Engajado nas redes sociais, o ativista se candidatou a vereador de Santos em 2020 pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ele participou de uma candidatura coletiva, isto é, com um grupo de pessoas. A informação foi confirmada ao g1 pela Câmara Municipal. A equipe de reportagem entrou em contato com o PCdoB para um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem. O investigado integrava o Conselho Municipal de Políticas LGBT+ (ConLGBT), mas pediu desligamento em função da polêmica e chegou a pedir dinheiro para sair do estado. O caso Homem foi escoltado por seguranças dentro de shopping em Santos (SP) Arquivo pessoal A mãe da vítima contou à equipe de reportagem querer justiça para o filho. A delegada Deborah Lázaro, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, informou que vai instaurar inquérito para apurar o caso, que teria ocorrido na noite da última quinta-feira (6). “Ele [adolescente] já falou que não vai entrar mais no banheiro sozinho. Eu não sei como vai ficar o psicológico dele”, desabafou a mãe. Violência e abuso sexual infantil: saiba como denunciar Abordagem após o assédio Segundo Talita, o homem demorou para deixar o banheiro, mas ao deixar o local disse: "Não, não falei nada, não. Quantos anos teu filho tem?". A mãe contou que, enquanto a polícia era acionada, o ativista demonstrava o que ela chamou de "poder de persuasão". Revoltada com a situação, a autônoma gravou o rosto do ativista e conversou com funcionários de lojas no shopping, que disseram que ele já é conhecido por assediar pessoas dentro do banheiro. Com a chegada dos policiais, os envolvidos foram encaminhados para o 7º Distrito Policial, onde o menino foi ouvido e a mãe registrou um boletim de ocorrência. A indignação de Talita é ainda maior devido ao fato do homem ser um militante e ativista político. “Ele ouviu a voz do meu filho. E meu filho tem voz de criança, não tem nem voz de adulto [...] Eu estou aliviada de saber que não foi mentira o que meu filho relatou”, afirmou. O que diz o ConLGBT? Nota do ConLGBT Reprodução/Instagram Em nota divulgada no Instagram, o Conselho Municipal de Políticas LGBT+ de Santos (ConLGBT) disse que repudia veementemente qualquer forma de comportamento ilícito ou desrespeitoso, seja LGBTQIA+ ou não. O homem solicitou o afastamento do movimento, o que logo foi aprovado. De acordo com o ConLGBT, há um compromisso em ajudar as autoridades no que for preciso para que se realize uma investigação minuciosa e imparcial. Além disso, o movimento ressaltou a importância de garantir o processo legal, o direito à ampla defesa e ao contraditório para apuração. “Por fim, é necessário apontar que é descabido relacionar o suposto comportamento criminoso com a orientação sexual do seu eventual autor e, muito menos, com toda comunidade LGBTQIA+”, afirmou. Cuidados 🚨 Para a delegada Deborah Lázaro, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, o ideal é que as crianças e adolescentes evitem usar esse tipo de banheiro por questões de segurança. Ao citar o caso do adolescente de 13 anos, a delegada disse que o ideal é que seguranças fiquem perto da entrada dos banheiros para inibir esse tipo de prática ilícita. “O menino de 13, infelizmente, não vai poder ir ao banheiro feminino. Tanto que a mãe não quis levá-lo. É um rapazinho, um menino. [Mas] acho que todo cuidado é pouco”, afirmou. A Conselheira tutelar em São Vicente (SP), Andrea Moraes concorda com a chefe de polícia. Segundo ela, o segredo para os pais é estabelecer uma relação de confiança com seus filhos. Dessa maneira, a criança ou adolescente sentirá abertura para relatar possíveis abordagens criminosas. “É importante sempre os pais conversarem com os filhos, pedir para não deixarem colocar nada em seu corpo. E, caso aconteça, falar para o responsável. Sempre ganhar a confiança do seu filho, orientando”, disse ela. Dicas para os responsáveis Evitar o uso dos banheiros sem adultos; Manter uma relação de confiança com a criança ou adolescente; Orientar sobre a privacidade do próprio corpo; Pedir que o menor relate o ocorrido, caso aconteça. VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2024/06/11/ativista-investigado-por-oferecer-sexo-oral-a-menino-diz-ter-feito-piadinha-em-banheiro-nao-sou-um-jack.ghtml


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