USP é convocada pela Justiça para justificar cancelamento da matrícula de estudante que se autodeclarou pardo

  • 29/03/2024
(Foto: Reprodução)
Universidade de São Paulo tem cinco dias úteis para apresentar a motivação da decisão que cancelou a matrícula do estudante de Cerqueira César (SP), que foi aprovado no curso de medicina, mas não foi considerado como pardo por banca julgadora. O jovem de Cerqueira César (SP) foi aprovado pelo Provão Paulista no curso de medicina da USP, mas perdeu a matrícula Alison Rodrigues/Arquivo pessoal A Universidade de São Paulo (USP) foi convocada pelo Tribunal de Justiça (TJ-SP) a justificar a decisão que cancelou a matrícula do estudante Alison dos Santos Rodrigues, de Cerqueira César (SP), que se autodeclara como pardo. 📲 Participe do canal do g1 Itapetininga e Região no WhatsApp O jovem de 18 anos foi aprovado na primeira chamada do Provão Paulista no curso de medicina, porém, teve a matrícula cancelada após uma banca julgadora não o considerar como pardo. Ele recebeu a notícia em seu primeiro dia de aula, em 26 de fevereiro. Conforme a advogada que representa a família de Alison, Giulliane Jovitta Basseto Fittipald, a universidade tem o prazo de cinco dias úteis para apresentar a justificativa do cancelamento da matrícula ao recurso administrativo apresentado pelo Alison ao Conselho de Inclusão e Pertencimento. O processo corre pela 2ª vara da Justiça em Cerqueira César. O prazo vence na próxima quinta-feira, dia 4 de abril. Ao g1, Alison contou que sempre se autodeclarou como pessoa parda. “Tive o desprazer de saber da notícia que eu não fui aprovado, mesmo me identificando formalmente como pardo. E tudo aquilo que aconteceu me deixou sem chão, parece que o mundo acabou porque foi algo muito difícil de conquistar.” Veja abaixo reportagem da TV TEM: Estudante de Cerqueira César processa USP após perder vaga por não ser considerado pardo O que diz a faculdade? Sobre a intimação, a universidade esclarece que quaisquer ordens judiciais serão cumpridas pela USP e serão apresentadas em juízo todas as informações que explicam e fundamentam o procedimento de heteroidentificação. A Universidade de São Paulo também declarou que a análise das fotografias é feita através de duas bancas de cinco pessoas e é baseada somente em fatores fenotípicos: a cor da pele morena ou retinta, o nariz de base achatada e larga, os cabelos ondulados, encaracolados ou crespos e se os lábios são grossos. Caso a foto do candidato não seja aprovada na primeira avaliação, ela é direcionada automaticamente para a outra banca. "Nenhuma banca sabe se a foto está sendo analisada pela primeira ou segunda vez, o que garante uma dupla análise cega das fotografias", afirma a USP em nota. Ainda de acordo com a instituição, se as duas bancas não aprovarem a foto por maioria simples, o candidato é automaticamente chamado para uma oitiva presencial. "Em relação ao caso específico do estudante Alison dos Santos Rodrigues, a deliberação final se deu na última sexta-feira [23 de fevereiro] e foi enviada no dia subsequente. Importante frisar que todos os candidatos que estavam com recursos sendo analisados sabiam que a matrícula estava condicionada ao resultado das bancas de heteroidentificação. O que o estudante tinha era uma pré-matrícula condicionada ao resultado do processo de heteroidentificação", finaliza a instituição. Veja mais notícias no g1 Itapetininga e Região VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2024/03/29/usp-e-chamada-pela-justica-para-justificar-cancelamento-da-matricula-de-estudante-que-se-autodeclarou-pardo.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Anunciantes